A NOSSA NOVA ESTRADA.

Começamos,  através deste fórum de discussão que ,esperamos dê o devido fôlego a esta tese que nos trouxe até aqui  com a certeza de que a afirmação que dá nome a este nosso blog,possa servir de foco para reflexão de todos nós.
Somos um só a pensar nas postagens que iremos expor, mas a consistência delas e suas reais sobrevivências, só será possível se na participação de cada um, encontrarmos os pontos de convergências e ou os contrapontos necessários para que possamos evoluir de forma democraticamente participativa.
É como construir uma nova casa, na qual, os alicerces mais adequados terão que ser projetados e a sustentação dela através de vigas, pilastras e paredes, as mais compatíveis possíveis com a sua estabilidade.
Não queremos um projeto apenas bonito depois de pronto, e sim ,a certeza que todos nós poderemos habitar e de forma confortável de acordo com as nossas consciências através das discussões sobre as novas tendencias da sexualidade contemporânea, com a tranquilidade e satisfação de estarmos contribuindo para uma nova visão através de muitas janelas e dos  amplo terraços disponíveis desta, à partir de agora, habitação coletiva.
E para começar, você aceita a tese de que o sexo tenha se tornado, realmente um produto de consumo?
A predominância do sexo como uma forma utilitarista , e como parte integrante de uma imensa prateleira de novos produtos a serem consumidos,veio para ficar?
E nisso tudo , onde entra o amor romântico, será que o amor romântico prejudica a plena obtenção dos prazeres mais liberais da pratica sexual do sexo como se ele fosse exatamente, mais um produto de consumo?
Reparem que escolhemos como plano de fundo do blog, uma estrada e outra não foi a intenção, pois ela será muito longa.
Com vocês a palavra!

14 comentários:

  1. Não há dúvidas que o sexo está sendo tratado de forma banal, como produto de consumo, isso é fato e para mim muito triste. A que ponto chegamos... Nesse assunto pode me chamar de arcaica, pois sexo para mim, tirando a sua verdadeira e real utilidade que é a procriação, é algo lindo, maravilhoso, gostoso que deve ser compartilhado entre macho e fêmea, com muito amor e paixão (sem tabus) e o resto é resto. Essa é minha modesta opinião, bjão Paulo e mais uma vez obrigada pelo convite, sucesso!

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  2. NÁDIA,

    este será sem dúvida o grande contraditório deste FÓRUM DE DISCUSSÃO, ou seja, de um lado, a mão do controle social que tenta segurar a inevitabilidade das mudanças e do outro, a outra mão que sem dúvida acena e vigorosamente dando adeus ao que está se tornando passado.

    Sua posição é extremamente válida e sua opinião, marca aqui neste FÓRUM DE DISCUSSÃO, uma posição absolutamente, respeitável e se constitui, na minHa opinião, naquilo que iremos nos concentrar durante essa longa estrada de diferenciadas posições.

    Lembro, no entanto que, quando afirmamos que SEXO É UM PRODUTO DE CONSUMO, estamos nos referindo, àquela modalidade de prática sexual, onde não está presente o AMOR ROMÂNTICO, pois, este limita e exerce mediações severas nos saltos que estamos observando na prática sexual e generalizada, neste terceiro milênio.

    Obrigado, NÁDIA e sinto-me muito honrado com sua presença e está aberta a discussão , caso queira a réplica do que disse.

    Um abração carioca.

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  3. Olá, Paulo.
    Acho que também no amor romântico existe o sexo como objeto de consumo. E por que não? Como é parte importantíssima no relacionamento afetivo, se não for prazeroso, não há relação que se sustente. Seria assim, um consumo de prazer com o bônus do afeto. Por mais que se diga que o amor ultrapassa qualquer obstáculo, uma vida sem sexo de qualidade não tem graça. Melhor entrar para um convento e se resignar aos banhos frios.
    A sociedade se adapta, aos poucos, à novas demandas. Nossas avós - e estou me referindo às diferentes necessidades dos gêneros - aceitavam o que era oferecido sem questionar. Eram felizes? Ou se contentavam em ter um marido? Hoje, não consigo imaginar tamanha acomodação. Somos hedonistas por natureza. Buscamos o prazer nas roupas novas, no emprego dos sonhos, na casa confortável, e por que não no sexo? Mesmo no amor romântico, hoje existe a liberdade de "negociar" o seu prazer e consumir a dois os prazeres de se ter um sexo de melhor qualidade e intensidade. Não separo o sexo, como objeto de consumo, do amor. Se se pode ter os dois, aí é o Nirvana! Por que o amor romântico castraria o prazer consentido, escolhido e procurado? Sou consumista assumida de sexo em todas as suas possibilidades e, se o amor romântico existir, aí Jesus, eu abro falência, porque vou gastar o que tenho e o que não tenho para tê-lo.

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  4. CALERIA GORKI,

    seja bem vinda a este extraordinário mundo das mudanças e, constantes novas procuras por um consumismo em todos os sentidos desta sociedade que privilegia a quantidade ao invés da qualidade,a satisfação plena dos desejos e a maioria induzidos pela " Grande Mãe" de todos que é a mídia e seus parentes tão próximos,como a publicidade, o marketing e há quem jure de pé juntos , até de propaganda subliminar que, faz a cabeça dos seus filhos, e a tal ponto da maioria a estar perdendo, mesmo!


    A sociedade de consumo tem como característica principal o utilitarismo desenfreado sem medir consequências de custos,sejam os sociais, morais, financeiros e outros.

    Enfim, Caleria,neste momento outra voz se levanta, em apoio até ao que estaremos por aqui sustentando contrariamente, ou seja, o sexo também, como consumo, nas relações do amor romântico.

    E aqui, em defesa daquilo que nos situamos em campos opostos- e respeitando de forma a mais democrática por aquilo pelo qual todos nós temos lutado, que é a plena liberdade de expressão - trago à sua consideração e reflexão, o fato de que o amor romântico cria limitações e cerceia os atuais e extravagantes delírios do consumismo sexual.

    Não é uma censura externa é aquela que é a mais insuspeita, ou seja a autocensura.

    Isto não cria óbices,muito menos distancia o amor romântico das franquias e liberalidades do sexo enquanto consumo, pois ambos, situam-se em patamares de obtenção desta tal da felicidade, em planos diferentes.

    A irrefreada corrida ao ouro do terceiro milênio será pela liberdade de opções de qualquer forma de prazer sexual e isto, encontra respaldo na própria essência da sociedade na qual, estamos formatados.

    O status de uma relação no qual, situa-se o amor romântico, por si só aconselha diferentemente que,é um estágio superior das simples ocorrências de uma prática sexual, pois aqui nos tornamos responsáveis por aquilo que cativamos,e até por esta razão,não é o sexo pelo sexo que determina os objetivos desta relação e sim,a perenidade das conquistas e que no sexo consumista,nem importa!

    O amor, por ser sempre suficiente em qualquer situação,sabe domar,moderar,enternecer,acarinhar,necessitar de luz plena de uma paz interior que nas relações meramente sexuais, passam ao largo.

    Enfim, Caleria,hoje foi um dia extremamente produtivo, para nós, afinal as opiniões até aqui coletadas, extrapolaram, sinceramente, todas as minhas mais otimistas expectativas sobre estes conteúdos do blog.

    Eternamente grato Caleria , pela sua admirável participação.

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  5. Agradecendo por visitar nosso lar e deixar lá esse convite para mais um texto a ser devorado por nós.
    Sexo como consumo, quem diria que algum dia nessa vida homem e mulher iriam usar o prazer destinado para eles e constituição da familia humana iria chegar ao ponto ultrajante e porque não dizer um lixo nos dias atuais.
    O prazer fisico entre dois seres foi instituido séculos atrás com a finalidade de se tornarem um só corpo, se amarem e se respeitarem, nos dias de hoje, motivo de separações, traições, pornografia infantil e por ai vai...
    Tenho que concordar que o consumo está muito longe de alguns casais liberais, digo sexo a 3, poxa se alguém que você escolheu para viver mesmo que seja por algum tempo, tenha que compartilhar assim, então tenho que entender que sua insatisfação por esta pessoa é muito grande; sexo, sexo, sexo, caramba Paulo, se eu encontrar alguém e me entregar sexualmente não será por consumo mas sim por uma atraente vontade de que ele me toque, me beije, me leve em frente ao espelho e me faça feliz...prazerozamente sexualmente...
    Infelizmente não é assim que vem ocorrendo com as pessoas, na minha área de trabalho (saúde) encontro diariamente pessoas infelizes em que seu cônjuge, que não faz amor, veja bem elas se referem a amor e não a sexo, há pelo menos 3 meses, então será que o consumo dos corpos está ficando fora de moda? ou será que o ser humano está perdendo o interesse pelo prazer normal e somente o anormal a base de um viagra ali ou aqui para impressionar a pessoa, entrar sites que estimulam as ideias, as criatividades é o que está valendo?
    É Paulo, realmente está sua nova página vai fazer eu soltar a língua, rsss
    bom hoje foi só o primeiro dia e estamos ai na primeira postagem, estou feliz de estar mais uma vez aqui contigo.
    A expectativa para o próximo artigo, em breve.
    Abraço e vai desculpando se não coloquei tudo o que penso.
    Nicinha

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  6. PERSEVERANÇA,

    o mundo vive em estado de constantes mudanças, atualmente, como jamais se constatou em outros tempo e a ponto do mais emérito é brilhante sociólogo americano, Alvin Toffler, afirmar que nós, agora, "decretamos a morte da permanência".

    Tudo é efêmero e a quantidade e qualidade de mudanças hodiernamente,extrapolam , nossa capacidade de entendimento e absorção.

    Creio que, a sociedade de consumo que vende um celular novo a cada minuto no Brasil, assim como, outros produtos neste imenso mercado capitalista e de consumo desenfreado, agora contemplou a sexualidade, destruindo a maioria das possíveis obstáculos ao seu exercício.

    Basta olhar para o lado!

    Obrigado, mesmo por sua participação e efetiva contribuição ao tema que só está começando.

    Um abração carioca.

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  7. A ANA LUCIA SORRENTINO, ANALU, mandou-me o seguinte e-mail:

    Paulo, tudo bem?
    Eu fui lá no seu blog, estava escrevendo um comentário, e o blog engoliu meu comentário! :(
    Mas queria deixar registrado que passei por lá.
    E a questão que vc coloca é super complexa, não dá pra responder de pronto, tem muita coisa aí.
    Mas, o que eu vejo é que, se hoje vivemos a era do "sou visto, logo existo", me parece que isso vale também pro sexo. Muita gente quer mostrar que faz, falar que sabe, se portar como se entendesse muito do riscado, mas n hora "H"...
    A gente vê sexo na TV e no cinema. Lê sexo nos livros e nos blogs, canta sexo nas músicas, dança sexo no funk... Mas faz tempo que eu não percebo sensualidade no ar em nenhum dos lugares que frequento. Acho que a humanidade está tendo uma relação erótica com o capital, sabia? Parece-me que ele está engolindo tudo, até o tesão das pessoas.


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  8. ANALU,

    o seu destaque de que :" a humanidade está tendo uma relação erótica com o capital" é uma outra vertente destas várias até aqui expostas.

    Na realidade, capital e consumo sempre estiveram muito próximos tais quais irmãos siameses e a sua menção me fez pensar que o sexo como produto de consumo,é o resultado prático, exatamente desta explicita comprovação.

    Um abração carioca e espero melhor sorte, na próxima vez que você fizer seu comentário, afinal, este fórum de discussão, não sobrevivera, sem nenhum deles.

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  9. Olá Paulo,

    Acredito que o sexo é a palavra chave dos relacionamentos humanos, seja héteros ou homossexuais, pois, hoje já esperando o momento de ser avó, me lembro de minha mocidade > os anseios sexuais eram como que trancafiados a sete chaves dentro de nós, causando até angústia, pois, tudo era proibido. Com essa posição colocada deixei passar muitos momentos de minha vida que poderiam ter sido maravilhosos, por medo, preconceito, proibição familiar. Creio que tanto homens e mulheres, como os homossexuais devem ter o direito de optar por uma atitude sexual satisfatória de modo a trazer não apenas prazer, mas até sentimentos digamos louváveis. Ninguém se entrega por qualquer motivo, e nesse mundo atual em que "cada um é por si" muitas vezes um momento de união sexual pode estar influindo positivamente em nossa vida social, psicológica, enfim pessoal. Não coloco o AMOR como obrigatoriedade para a satisfação sexual dos seres humanos, acredito sim na "química do amor e sexo". E porque não?
    Um abração, e obrigado pela lembrança. sonia.

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  10. SÔNIA,

    confesso que gostei muito desta sua reflexão sobre este este novo blo e com certeza , o que hoje notamos é um vigoroso avanço na escalada desta pr[atica sexual , sem prender-se a valores morais antigos, o que se constituem em verdadeira quebra de antigos paradigmas.

    E quantos foram reprimidos, infelizes e praticamente viveram vidas burocraticamente estabelecidas na obediência de códigos , hoje sem dúvida ultrapassados?

    A nova atitude- que realmente tem alguns excessos - do ser humano em relação a sua sexualidade, está virando de pernas para o ar, conceitos e outros tabus que, impediram muitas pessoas, de alcançares a plena liberdade e a seu modo.

    Um abração carioca.

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    1. Boa noite Paulo,

      Trabalho na área de saúde, e no hospital onde exerço as minhas funções, existem vários homossexuais, e são extremamente discretos, educados, e muito dedicados aos nossos pacientes.

      Merecem todo nosso respeito.

      sonia, bjs.

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  11. O respeito de todos nós , sem dúvida nenhuma!!!

    Um abração carioca,SONIA.

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  12. Olá Paulo
    Antes de escrever quero agradecer a sua visita ao meu blog e muito obrigada pelas palavras de carinho.
    Falar de sexo sempre é polemico e tudo que é polemico é muito bom.
    A própria palavra já se define por si só.
    Sexo hoje em dia se tornou vulgar uma coisa comum e não deveria, pq o melhor de tudo é guarda ele para ser praticado com AMOR E PRAZER.

    BJS

    Selma
    OBS: já estou seguindo vc

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  13. Paulo, obrigada por suas visitas e elogios ao meu blog Leise Paim Trabalhos Artísticos. Achei interessante e bem atual o tema tratado neste fórum. Realmente as mudanças em relação ao assunto são muito grandes, do mesmo modo como acontece em várias situações do mundo contemporâneo, da sociedade de consumo e do simulacro, onde tudo parece ser possível, tudo é relativo, todos os desejos queremos realizar, todos os tabus se quer derrubar, tudo se quer consumir, onde vontade se confunde com necessidade e realidade com libertinagem. Num mundo tão plural, é preciso respeitarmos as diferenças, a maneira de ser e de pensar de cada um e lembrar que o nosso direito termina onde começa o do outro. O sexo sempre fez parte da vida das pessoas em diferentes épocas e culturas, mas não é vivenciado da mesma forma por todas elas nem por todas as pessoas. A pílula, a mídia, a arte, a tecnologia, as ciências provocaram mudanças que afetam nossa maneira de ver, de sentir, de julgar, de viver, portanto para alguns o sexo pode se tornar produto de consumo, e o amor romântico pode também ainda existir. As mulheres de agora se comportam diferente, têm atitudes, forma de vida e de pensar que não se imaginava há alguns anos atrás serem possíveis um dia, o mesmo acontece em relação aos homens, mas todos ainda desejam amar e serem amados. Parabéns pelos blogs e abraços. Leíse

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